sexta-feira, 18 de junho de 2010

2010.2

Do tempo em que eu tinha o tempo esculpido por mim,
para mim,
restará apenas uma louca nostalgia.
Estranha liberdade com traços de tédio,
ócio criativo, paz e futuro.
Única.

Nunca só por mim. Só minha.
E do mundo.
De tudo que veio antes e depois.

Pelos livros escolhidos ao acaso, lidos com fervor.
Pessoas e suas palavras. Minhas palavras.
Escolhidas a dedo. A mão. A corpo inteiro. A vida inteira.

Tão estranha liberdade.
Restringida há alguns merecidos meses só meus.
Preenchidos sem grandes obrigações.
Com grandes pensamentos.

Antes. Depois. Palavras. Minhas. Suas.

Tempo de ser feliz. Ser por inteiro.
Ser o que virá, antes de sê-lo de fato.
Ser o inesquecível, antes da lembrança.
Ser feliz.

Viva tão estranha liberdade.
Aprisionada por palavras.
Livre por não ter futuro.
Leve e pesada.
Encantadora.

Estranha. Minha. Feliz e única.

Um comentário:

Gaya disse...

"Tão estranha liberdade..."

Te amo.